quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

AVIVAMENTO MISSIONÁRIO

Atos 1
Introdução
Acredito que um crente só faz missões ou só evangeliza, ganhando vidas para Cristo, quando sua vida esta avivada. Porém, muitos tem experimentando um vazio espiritual muito grande, no que se refere a obra missionária. Sei que muitos aqui já devem ter escutado pregações ou participado de estudos bíblicos sobre o tema missões, porém o que realmente precisamos é experimentar em nossas vidas um avivamento missionário.
Mas quero inicialmente, definir o que é um avivamento missionário? Um avivamento missionário é aquela experiência que temos com o Espírito que nos leva a renovarmos um sentimento ardente de amor pelos perdidos. A tarefa missionária só é eficaz quando temos em nosso coração um sentimento de amor pelas almas.
“O missionário R.L. Stevenson passou os últimos anos de sua vida em Samoa, no Pacífico. Os nativos chamavam o caminho para a sua casa de o caminho do coração que ama.” Alguém já disse que “…o amor é o único tesouro que se multiplica por divisão. É a única dádiva que aumenta quanto mais você a reparte.” Na medida que amamos ao pecador sem Cristo, recebemos mais de Deus.
A igreja primitiva é para nós, um modelo de igreja de cristãos avivados na prática da evangelização. No capítulo 2 de Atos, encontramos uma Igreja que estava cheia de ousadia do Espirito para pregar as boas novas. Em Jerusalém, os discípulos de Cristo, anunciaram o evangelho aos estrangeiros e habitantes de Jerusalém e mais de 3000 pessoas se convertem.
Mas, o que me chama atenção na historia do primeiro avivamento missionário aqui em Atos, é que estes cristãos estavam buscando e aguardando este avivamento. Talvez seja isso que esteja faltando em nossas vidas: buscar um avivamento missionário.
 Vamos ver então como devemos nos preparar para um avivamento missionário?
 a) Um avivamento missionário começa quando obedecemos e confiamos nas promessas (“…ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do pai… v.4”).
Durante 40 dias Jesus esteve com os discípulos e depois foi levado para o céu. Em seguida, as perseguições começam a acontecer contra a igreja. Resta para aqueles discípulos apenas uma promessa. E Jesus lhes ordena que “…esperassem em Jerusalém a promessa do Pai.”.
Mas, o que significa “esperar em Jerusalém”. Jerusalém era o centro de tudo, da religião, da política, das decisões importantes. Ali tudo acontecia. Jerusalém era o lugar onde Deus ia começar uma grande obra de avivamento e fazer com que aquela igreja crescesse.
Todos nós também temos a nossa Jerusalém. Jerusalém é o nosso primeiro campo missionário, é o lugar que queremos alcançar para Cristo. Neste aspecto, Jerusalém pode ser a nossa casa, nossa vizinhança ou o lugar onde trabalhamos.
As vezes estamos queremos alcançar o mundo com missões, mas não esqueçamos de alcançar a nossa casa, nossos vizinhos, nosso bairro, nossa cidade. Se formos fieis ao Senhor em ganhar vidas para Cristo no lugar estamos, Deus então nos confiará as searas mais distantes. Não podemos esquecer que ao nosso lado existem pessoas que não foram ainda salvas, e que precisam ser evangelizadas.
A ordem de Cristo era clara: Fiquem em Jerusalém. Talvez muitos desejassem sair de Lá, mas Deus iria começar algo novo naquele lugar. E havia uma promessa!
O que faz um crente, um discípulo permanecer firme em sua visão, seu trabalho, e sua missão é o fato de todos termos uma promessa.
Assim foi com Abraão. Certa vez Deus chama Abraão para fora de sua casa e manda que ele olhe para o céu. E ali lhe faz uma promessa: “Olha, agora para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. Assim será a tua semente”(Gn. 15:5).
Abraão tinha apenas uma promessa. Ele não tinha a saúde, não tinha a juventude, sua esposa Sara era estéril, e Deus lhe faz uma promessa tão ousada como esta. Abraão creu contra as próprias circunstâncias.
Em muitos momentos de nossas vidas, todas as circunstâncias irão apresentar-se contra as nossas convicções. Surgem muitos momentos assim na vida familiar, na vida emocional, financeira, ou ainda no ministério, na igreja ou ainda na tarefa missionária. Talvez você esteja vivendo um momento assim, pois tem a promessa de salvação dos seus, mas as circunstancias são ainda contrarias a sua fé. Nestes momentos, precisamos rever as promessas de Deus, e nos apegar a elas. Nessas horas somos sustentados pelas promessas de Deus para nossas vidas. Um avivamento missionário começará no momento em que começarmos a crer nas promessas feitas por Deus para nós.
b) Um avivamento missionário começa quando renovamos nossa esperança (“…Senhor, é nesse tempo que restaurarás o reino a Israel…” v.6)
Durante 40 dias, Jesus esteve com seus discípulos. Então alguém lhe pergunta: “Senhor em que tempo restauraras o reino a Israel?”. Nessa pergunta vemos uma semente de esperança.
Os discípulos de Jesus eram homens esperançosos. E eles permaneciam juntos renovando a cada dia, nas orações coletivas o sentimento de confiança, no cumprimento daquilo que Jesus havia-lhes dito acerca da promessa do Espírito.
Tomas Brook disse que A esperança consegue ver o céu através das mais densas nuvens.
Foi assim com Estevão. Ele estava cercado por inimigos que respiravam ódio contra ele. Os inimigos de Estevão estavam tão dominados pelo mal, que pegaram em pedras. Mas Atos 7: 55 diz: “Estevão estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava à direita de Deus.”
Haviam nuvens tenebrosas de ódio e morte em torno de Estevão, mas a vida de Estevão estava cheia de esperança. POR CAUSA DA ESPERANÇA ESTEVÃO CONSEGUIU VER A GLÓRIA DE DEUS EM MEIO A DENSAS TREVAS QUE TENTARAM DESTRUI-LO.
A esperança nos faz olhar alem das circunstancias naturais. Muitos só conseguem ver problemas e dificuldades em muitas situações da vida. Quando estamos com a vida cheia de esperança, vemos a água em meio ao deserto, vemos vida em meio a morte, vemos paz em meio a guerra, vemos alegria em meio a angustia, vemos restauração em meio a destruição.
No livro de Atos, encontramos no caráter dos discípulos a presença de um sentimento de esperança que se renovava a cada dia, mesmo diante das perseguições sofridas. A esperança os fortalecia, levando-os a orar e buscar cada vez mais. A esperança os manteve firmes na promessa e os sustentou até o dia em que o avivamento chegou em seus corações.
c) Um avivamento missionário chega quando aprendemos a cultivar um sentimento de conquista (“…Sereis minhas testemunhas… até os confins da terra…” v.8)
Neste versículo vemos uma promessa: “recebereis poder …”. Mas o que fazer com tanto poder? Tanto poder não poder vir sobre nossas vidas para que o usemos em nosso próprio benefício. A Bíblia diz que receberemos poder para ser testemunhas até os confins da terra.
O PODER DO ESPIRITO NOS É DADO PARA QUE POSSAMOS GANHAR PARA CRISTO A NOSSA CIDADE, NOSSO ESTADO, O NOSSO PAIS E OS CONFINS DA TERRA.
O objetivo desse poder é o de nos transformar em conquistadores de vidas. Os conquistadores aqui, são as testemunhas. Somos chamados para ser testemunhas do reino de Deus.
Quando falamos de conquista, devemos nos lembrar de alguns autênticos conquistadores. Daniel, chega a Babilônia como escravo, e Deus coloca sobre ele um espírito excelente. Por causa disso, Daniel conquista as mais elevadas posições no reino, e marca a historia de uma nação e a vida de um rei e influencia milhares de pessoas com o seu testemunho cristão.
Lembremos também de José. José chega ao Egito como escravo. A Bíblia diz: “O senhor era com José, e foi varão prospero, e tudo que José fazia o Senhor prosperava em sua mão”. (Gn. 39:3,4). Com seu testemunho José conquista grande influencia sobre toda uma nação, e posteriormente influencia até a vida da família.
Testemunhas são chamadas para a tarefa da conquista. Foi o que aconteceu com Pedro, cheio do Espírito no dia de Pentecostes. No poder do Espírito pregou a palavra para milhares de pessoas. Naquela ocasião, aquela pregação inflamada e poderosa levou ao quebrantamento de mais de 3000 pessoas que se renderam a Cristo.
Portanto, saiamos para a conquista. Este mundo que jaz no maligno, precisa ser reconquistado para Cristo.
d) Um avivamento missionário começa quando há perseverança na oração(“…perseveraram unanimente em oração…” v.14)
Antes do Pentecoste, a Igreja orava. Este era um comportamento diário da Igreja. Em Atos 2:1 a Bíblia diz: “Estavam todos reunidos num só lugar”. Havia uma maioria que orava, que buscava que clamava pela promessa e pelo poder do Espírito.
A grande necessidade em nossos dias é de intercessão missionaria. Foi a incessante oração que trouxe no dia de Pentecostes os céus à terra. De fato, a igreja de joelhos traz os céus à terra. A igreja de joelhos saqueia o inferno.
Um famoso cientista Isac Newton disse: “Posso usar meu telescópio e observar milhões de quilômetros no espaço; mas posso entrar no meu quarto e em oração aproximar-me mais de meu Deus, sem ajuda de qualquer instrumento”.
Atos 12:5 diz: “…a igreja fazia continua oração a Deus…”. A oração era uma rotina na vida daqueles fieis. É por isso que aqueles irmãos eram visitados pelo Espírito. Em todo avivamento missionário, em toda descida do Espírito, vamos descobrir que existem aqueles que estão pagando o preço.
Ilustração. O avivamento missionário na Coréia do Sul, neste século, começou com uma reunião de oração ao meio-dia. Depois de um mês, um irmão propôs acabar com a reunião. "Estamos perdendo tempo", argumentou. "Já oramos um mês e nada mudou, nada aconteceu. Temos sermões a serem pregados e visitas a serem feitas. Não podemos ficar aqui desperdiçando o nosso tempo." A maioria, porém, decidiu continuar orando, até que Deus fendeu o céu e desceu poderosamente. O resultado? Mais de um milhão de pessoas convertem-se a Cristo por ano.
Temos que voltar a orar pelos perdidos com a intensidade do sentimento de Ana, que pedia desesperadamente por um milagre e diz: “venho derramando minha alma perante o Senhor”. E o milagre aconteceu. Temos que orar pelos perdidos com a determinação de Elias, que “…pediu que não chovesse, e por três anos e seis meses não choveu, depois orou outra vez, e o céu deu chuva”. (Tiago 5:17,18)
ILUSTRAÇÃO: William Burns, orava diariamente durante horas seguidas quando começou seu ministério. Ele tinha vinte anos. Um dia de manha, quando a sua mãe chegou ao quarto para o chamar encontrou-o deitado no chão onde tinha passado toda a noite em estado de oração. Ele respondeu o chamado da mãe com as palavras: “Mãe, Deus deu-me a Escócia hoje”. Dentro de pouco tempo toda a Escocia foi sacudida por um poderoso e grande avivamento e milhares de pessoas foram salvas e visitadas pelo Espírito Santo.
Chegou o tempo em que devemos orar assim: “Senhor, nos dá este bairro, esta cidade, Senhor nos dá este Estado”. Devemos orar como diz a letra da música da Fernanda Bum: “Senhor, da-me filhos”.
Conclusão
Quero finalizar esta palavra declarando que Não há avivamento missionário sem preço, assim como Não há parto sem dor, ou assim como não há colheita jubilosa sem a semeadura regada de lágrimas. É preciso coragem e determinação para prosseguir. É preciso fé para não voltar atrás no objetivo de clamar por um urgente e grandioso avivamento missionário nos corações de cada crente.
Não podemos perder mais tempo! Jesus esta voltando! É hora de clamarmos pela intervenção de Deus (SI 119.126). É tempo de buscarmos um avivamento cada vez maior sobre nossas vidas.
É hora da igreja unir-se em oração e rasgar o coração num sentimento de quebrantamento e renovação perante de Deus do amor por missões.
É hora de clamarmos por um avivamento missionário que nos dobre, que nos leve de volta ao altar, que crie no nosso coração sede de Deus e compromisso com a santidade.
Necessitamos de um avivamento missionário que mude o nosso caráter, transforme o nosso falar e o nosso viver na igreja e no mundo e que nos faça ser o bom perfume de Cristo para o mundo.

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